Em qualquer produção musical, seja de single ou de CD, o músico precisa lidar com a identificação e com os direitos relacionados à sua música. Porém, por ser uma parte mais técnica, que nem todos os artistas possuem contato frequente, surgem dúvidas acerca dessa etapa. Uma delas diz respeito ao ISRC, sobre o qual explicaremos no post de hoje!
ISRC é a sigla de International Standard Recording Code. Em tradução, Código Internacional de Normatização de Gravações. Ele é uma espécie de DNA da música, uma vez que cada gravação possui seu próprio ISRC, um código específico. Isso significa que nenhuma música possui um código igual a de outra, e essa identificação, como a própria definição sugere, é de padrão internacional, servindo ao redor do mundo.
Assim como um DNA, qualquer modificação em uma música deve gerar um novo ISRC. Não é possível reutilizar um ISRC anteriormente fixado para uma nova gravação.
Produtor fonográfico é a pessoa física ou jurídica (gravadoras, selos, editoras) responsável economicamente pelo processo de gravação da música ou do disco. Por este motivo, é ele quem pode gerar e cadastrar o ISRC, porém, atualmente, pelo surgimento de uma grande quantidade de produções independentes, o próprio músico ou grupo musical, pode ser considerado produtor fonográfico.
A fixação do ISRC pelo produtor fonográfico pode se dar no estágio de pré-masterização, proporcionando o intercâmbio de informações acerca do fonograma. Poderá ser gerado, também, após a música estar pronta. O interessante é tê-lo sempre antes de lançar a música.
Um produtor fonográfico deve ser filiado a alguma associação gestora de direitos autorais. Aqui no Brasil, existem muitas delas, como a UBC (União Brasileira de Compositores) e a ABRAMUS (Associação Brasileira de Música e Artes). A partir do momento em que se filia, o produtor adquire o sistema de ISRC, que gera os códigos por meio do cadastro de obras e fonogramas.
Composto por 12 caracteres alfanuméricos, o ISRC contém a informação do país onde se situa a gravação, a data do registro e quem possui o fonograma (produtor fonográfico). Veja um exemplo:
BR-XXX-13-00001
Ter um ISRC da música antes de lançá-la é interessante porque protege os direitos autorais vinculados a ela. Além disso, é possível identificar os seguintes benefícios de se ter o código:
Se você ainda não registrou um código ISRC para suas músicas, procure uma associação gestora de direitos autorais para se filiar e faça já seu cadastro. Ainda tem dúvidas sobre o tema? Deixe seu comentário!