A distribuição digital de músicas trouxe, aos artistas, uma nova possibilidade de ganhar dinheiro com o seu trabalho, através dos rendimentos streaming.
As músicas são distribuídas nas plataformas digitais para acesso do público, e de acordo com o número de execuções das faixas, visualizações e downloads, o artista recebe os rendimentos do seu trabalho.
Entretanto, o cálculo de como esses valores serão distribuídos e pagos ainda é objeto de dúvida de muitos artistas. Pensando nisso, fizemos esse post para esclarecê-los!
Atualmente, a monetização ocorre de acordo com o número de acessos de cada música, sendo seu valor individual, determinado pelo total arrecadado no período. Mesmo que o valor de execução por faixa apresente variações, há como fazer algumas estimativas de rendimentos.
Um fonograma, por exemplo, pode ser remunerado em um terço de centavo até quatro centavos de dólar, dependendo das políticas de monetização de cada plataforma.
Além disso, no cálculo dos rendimentos, devem ser considerados os acessos das contas gratuitas, que contribuem para o aumento do número de visualizações e execuções, mas são contabilizados de forma diferente dos acessos pagos.
Do montante arrecadado com os Rendimentos Streaming, cerca de 30% fica com as plataformas e 70% é repassado para os reguladores (UBEM e ECAD), distribuidoras e gravadoras que detêm os direitos do artista.
As distribuidoras e gravadoras vão intermediar o repasse dos valores arrecadados, recebendo primeiro a quantia total e depois repassando aos artistas sua parte, conforme estipulado em contrato.
Os Rendimentos Streaming podem ser acompanhados em tempo real, através de relatórios gerados pelas plataformas. Dessa forma, é possível acompanhar e prever, em valores aproximados, quanto o músico receberá por faixa.
No caso das reguladoras UBEM (União Brasileira de editoras de músicas) e o ECAD, responsáveis pela gestão dos direitos autorais, os artistas vão ter que solicitar ao órgão diretamente, o repasse do valor relativo ao uso das músicas.
Muitos artistas questionam que o valor pago pelas plataformas na execução das faixas é muito pequeno e não valoriza o trabalho como um todo.
Com frequência, o líder de mercado, Spotify, tem perdido disputas judiciais que visam ressarcir aos criadores das obras fonográficas, na justificativa de que a política de remuneração das faixas streaming atualmente praticada, gera prejuízos ao artista.
Como o Spotify atua com certa hegemonia frente aos seus concorrentes, suas práticas de negócio ditam as regras do mercado digital. Entretanto, a necessidade de encontrar um modelo que forneça um cálculo mais justo já alcançou outras plataformas, despertando novas ideias.
Desde 2017, a Deezer vem tentando implantar um novo sistema de contabilização, que considera o consumo total por usuário, ao invés da execução individual da faixa. Com isso, o valor do stream poderá variar conforme o consumo do usuário e não o consumo global, fazendo com que o artista ganhe mais por faixa visualizada.
Considerando que a indústria da música digital no mundo ainda tem muito para crescer, certamente as plataformas streaming terão que se reinventar para construir um modelo de remuneração que seja satisfatório para todos: artistas, usuários e a plataforma.
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